sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A DISTÂNCIA QUE NÃO DIMINUI, O POSSÍVEL E O IMPROVÁVEL

                                       
    Recentemente a PMAB adquiriu um aparelho de ECG (telemedicina), e um funcionário saiu a propagar, num surto megalomaníaco, que sua cidade agora tinha medicina de primeiro mundo. Isto me faz lembrar à história do analfabeto funcional, que aprende a ler, mas não sabe  o que está lendo.  Na realidade este exame  vem atender a  uma das muitas limitações que nós  temos na saúde pública do interior, mas tá muito longe de atender aos nossos problemas, que são gravíssimos.  
    Não dá  para  fazer  medicina mais na base do achismo.  Cidades do porte de  Afonso Bezerra  precisam e podem  fazer uma medicina de boa qualidade.  Há  necessidade de um bom laboratório, um  aparelho de raio x,  um ecocardiograma,  um ultrassom , pediatra, cirurgião,  ginecologista,  obstetra e cardiologista.  Alguém dirá, mas isso é muito caro !.  Com certeza  não  é mais    caro  do que  um  campo de  futebol.   Se  faltam  recursos,  faltam  também idéias.   
     Que tal os prefeitos da região  central se unirem para  adquirir  este   arsenal propedêutico  através  de consórcio?   E eu  vou mais  longe,  que  tal  os  prefeitos  da  região central  lutarem por uma  UTI,  que seria implantada no hospital melhor  estruturado. Mas, a saúde não é prioridade .  Eles  preferem  verbas par a construir  campos de  futebol, ginásios esportivos  e  pórticos  para  se locupletarem  de  maneira sub-reptícia.  Se  não  houver  uma mudança de mentalidade  nunca resolveremos este abismo social. Para ilustrar o que eu falo, há  alguns  anos um  colega  meu me ofereceu o mesmo serviço,  para  que eu  contemplasse algum hospital a custo zero. 
    Eu procurei  Agtônio, meu irmão, e ele apesar  de  adversário do prefeito de Pedro Avelino,  na época, Sérgio Cadó, o procurou ,procurou também o secretário de saúde e nunca  obteve resposta. São a essas pessoas, eleitores, que vocês estão entregando o destino de suas  cidades. Não usem mais o seu título como cartão de crédito, só tem validade na eleição, mas a fatura você  pagará  em quatro anos. 
Dr. Francisco Arotônio Soares ( Médico Cardiologista )
                              Postado por Prof. João Bosco

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