terça-feira, 21 de agosto de 2012

CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DO RELATOR DO MENSALÃO


Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se s
epararam. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.

Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).

Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambo s em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003).

Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.
 
 

Festa dos anos 70

Uma das coisas mais belas que se podia ver, era a luz negra nos grandes bailes do Country Club, de Pedro Avelino!.O branco replandecia de uma maneira sem igual!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Propostas dos candidatos a prefeito da cidade do Natal


Margareth Grilo - repórter especial

Entre os dias 1 e 6 de julho, a TRIBUNA DO NORTE publicou uma série de reportagem sobre os desafios que o novo administrador do município de Natal terá pela frente nas áreas de limpeza pública; transporte e mobilidade urbana; educação; saúde e no funcionalismo público. A partir desta edição, os seis candidatos a prefeito de Natal, nas eleições de 7 de outubro, apresentam suas propostas para Natal. O primeiro tema é limpeza pública.

Com uma população de 803.739 habitantes, segundo o Censo 2010 (IBGE) e uma área de 167 km², a capital potiguar produz mais de 1.400 toneladas diárias de lixo, incluindo metralha e poda. Especialistas, representantes sindicais e a população ouvida pela TN na série "Os desafios do novo administrador de Natal" afirmaram a necessidade de mudanças na forma de gestão; transparência na aplicação de recursos e uma máquina administrativa eficiente.

Nessa área de resíduos sólidos, os desafios apontados são vários: destinação adequada da matéria orgânica; custeio do tratamento; reciclagem de materiais e política reversa. Para o Ministério Público Estadual, gerir o sistema de limpeza urbana com eficiência depende de profissionalização da gestão, do equilíbrio entre receitas e despesas, de um enxugamento de gastos e de uma auditoria que revise os contratos firmados pela Companhia de Serviços Urbanos (Urbana) com as prestadoras de serviço. Diante dos desafios elencados, os prefeitáveis enumeram, abaixo, soluções e propõem, além da restruturação do serviço de  limpeza pública, revisão de contratos, enxugamento de gastos e restruturação da Urbana.

ROBERTO LOPES • PCB

"A questão a limpeza tem que ser levada com seriedade. A gente propõe os conselhos populares do meio ambiente para que a população possa participar e discutir políticas públicas que venham a beneficiar a coletividade. Achamos que o lixo não é para enriquecer empresa privada. A gente precisa reforçar e fortalecer a Urbana. Vamos rever os contratos, pagar a quem deve, mas também vamos combater a corrupção; fortalecer a Urbana, através de seus funcionários e acabar com essa terceirização de serviços na limpeza pública. Ampliaremos a coleta seletiva, por meio de concurso público. Faremos um plano de recuperação de rios e lagoas. É importante despoluir os rios, entre eles, o rio Potengi. Isso é um problema sério, que vamos enfrentar. Iremos reabrir a usina de reciclagem de lixo, com tecnologia apropriada e eliminação de lixões. É imoral que uma usina daquela tenha sido fechada em 98 e, até agora, não exista um plano de reabertura para que os trabalhadores possam ter uma renda e construir a possibilidade de uma cidade limpa, sustentável".

ROBÉRIO PAULINO • PSOL

"Primeiro queria dizer que Natal está uma sujeira só e isso, digamos, é inaceitável. Nós  precisamos mudar esse sistema e a primeira coisa é proceder uma revisão completa dos contratos da Urbana. Estamos de acordo com o Ministério Público que há muita possibilidade de fraude nessa área. Nós queremos evitar o processo de privatização e de 'caixas pretas' com esses contratos. Nós achamos que é possível racionalizar esse serviço e utilizar melhor os recursos e não abrir espaço para fraude.  Vamos estabelecer como período máximo de coleta de lixo 48 horas, como questão de saúde pública. Vamos proceder e fazer um grande mutirão na cidade, nos três primeiros meses, tanto para a limpeza, quanto para tapar buracos. Mas, para isso, é preciso contratar mais garis. O contingente de garis é insuficiente para o tamanho da cidade. Temos que contratar mais, valorizar e motivar essas pessoas. E, certamente, temos  que dar transparência total a esses contratos e racionalizar a utilização do dinheiro público, para que a coleta seja feita à contento e a cidade não esteja abandonada como está."

FERNANDO MINEIRO • PT

"A situação em nossa cidade em termos de limpeza pública é de  calamidade. Inicialmente, nós vamos ter um programa emergencial para tirar Natal literalmente do lixo.  Paralelo a isso, vamos fazer um plano de restruturação do serviço. Hoje, a coleta de lixo em Natal é totalmente terceirizada. Vamos rever essas relações com o setor privado, e rever, inclusive, a questão das áreas, definindo de maneira clara e transparente as regras da coleta de lixo. E vamos implantar, universalizando ao longo do tempo, a coleta seletiva. Tendo uma boa coleta seletiva, podemos diminuir os gastos e a quantidade de lixo que se desloca. Vamos debater a relação com a empresa que faz o aterro sanitário e com os municípios da região Metropolitana. Vamos redefinir o papel do órgão gestor. Restruturar a empresa para que tenha um papel mais ativo, regulador do sistema, modernizando sua gestão e superando as dificuldades administrativas. Vamos articular de uma maneira permanente e estratégica a coleta seletiva e a limpeza do dia-a-dia das nossas ruas. Cidade limpa tem a ver com qualidade de vida e com cidade saudável."

ROGÉRIO MARINHO • PSDB

"Tem que primeiro fazer com que a coleta volte a se estabelecer com regularidade. O fato da cidade está hoje imersa em lixo é apenas a face mais evidente desse grande 'iceberg' da falta de planejamento que assola nossa cidade há alguns anos. O município precisa restabelecer  o Consórcio Intermunicipal que permite que o lixo gerado em Natal seja acondicionado num aterro sanitário em município vizinho, como acontece hoje em Ceará-Mirim.  Nós temos que estabelecer uma cultura na cidade para que a população possa previamente separar o lixo na sua casa e, separando o lixo, permitir que o município leve o menor volume de lixo para os aterros sanitários e para a estação de transbordo. Isso certamente é fruto de uma campanha educativa e como contrapartida um bom serviço que precisa ser prestado à população. Nós temos que obrigar também que todos os proprietários de terrenos baldios tenham seus terrenos murados. Isso vai evitar o acúmulo de lixões, onde se gera barato, rato, inseto que sai do lixão e vai a residência do morador e acarreta uma série de doenças. " 

HERMANO MORAIS • PMDB

"Limpeza pública hoje é um dos grandes dilemas da população de Natal, essa cidade tão abandonada. O que nós verificamos, hoje, em todos os bairros da cidade é o lixo acumulado, em virtude da ineficiência da empresa pública que cuida da limpeza de nossa cidade, a Urbana, que hoje é deficitária, endividada, e exerce apenas, parcialmente, essa atividade, delegando a outra parte a empresas privadas. Precisamos equacionar essa questão. A TLP, que é a Taxa de Limpeza Pública, cobre apenas 25% dos custos, então temos que rever essa equação, rever também os contratos dos serviços que são terceirizados. Temos também que fazer campanhas junto à população para que seja parceira, ajudando na dinamização do trabalho de coleta seletiva, transformando um problema, que o lixo, em solução, e gerando emprego e renda. Precisamos de uma política séria, bem definida, onde o cidadão seja atendido naquilo que ele não aceita mais que o descaso, a sujeira em sua porta. Vamos cuidar bem dessa cidade para que possamos ter uma vida mais saudável."

CARLOS EDUARDO • PDT

"É bom que se diga que Natal era assim, um prato limpo. Uma cidade limpa, muito elogiada pelos turistas do Brasil e do mundo que nos visitava. Hoje, Natal está um caos. Natal está suja. A Urbana completamente desorganizada administrativamente. Nós vamos recuperar a Urbana e colocar pessoas com o perfil para o exercício da função. Nós vamos diminuir cargos comissionados na Urbana, revisar todos os contratos  terceirizados e vamos recuperar a limpeza de Natal. Quando fizemos o aterro sanitário; quando começamos a coleta seletiva e deixamos 56% da população de Natal atendida foi um grande avanço. Eram 18 caminhões trabalhando, de manhã, à tarde e à noite, e eliminamos o lixão de Natal. Foi a última capital do Brasil a eliminar o lixão encravado na área urbana, exatamente em nossa gestão. Hoje, a coleta seletiva está reduzida a 12%, segundo informações da Prefeitura, e eu acho que a gente regrediu. Houve um retrocesso. A cidade está suja e vamos recuperar isso, porque é uma questão de saúde pública."