quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Íris

                                     Íris

                                Militão Lima

Nesta nesga do Brasil,
há festas, há maioridade.
Íris está juvenil 
no coração da cidade.

Muito linda, quase um sonho
dum poeta á beira mar,
Íris, um quadro risonho,
vai vencer, vai dominar.

Tem cores, tem fantasia,
nome pelo azul a fora.
A luz imprime alegria
nesse seu vulto de aurora.

Grande entre a fé e a esperança,
Íris com graça se encerra
para ficar na lembrança,
como a barraca da terra.


Pedro Avelino - 22/10/1949
 

    Militão Lima, Comérciante, poeta, figura voltairiana, polêmico, mas participou da vida social e política desse município. O poema acima citado foi escrito na ocasião em que Pedro Avelino estava se emancipando do município de Angicos.


                                            Prof. e Poeta João Bosco

Revivendo a História

                                          Pedro Avelino


   Autor do Projeto de Lei nº 146  / 23/12/1948, que criou o Município de Pedro Avelino.

         Dep. Estadual Antõnio Pereira Dias

   Interventores do Município 1948 - 1952

        -   Cap. Luiz Gonzaga César de Paiva

      -  Tenente Pedro Vicente de Paiva (Na Ocasião da Intetona Comunista foi o homem que manoseou a metralhadora VÓVÓ defendendo o quartel de Policía.)

       -  Tenente Pedro Héraclito

       -  José Nestor de Gouveia

    Primeiro Prefeito Eleito após à Emancipação:
        
       - Dr. Geraldo Bezerra de Souza
     Primeiro Vice-Prefeito Eleito após à Emancipação:
     
         -  Raimundo Cavalcanti de Albuquerque


     Presidente e Vereadores da 1ª Legislatura 1953 - 1957

      Presidente : - Raimundo Cavalcanti de Albuquerque


      Vereadores
                                   - Justino Xavier de Souza -PDC
                          - Felizberto Montoril-PDC
                          - João Ernesto da Costa-PDC
                          - Antônio Rufino Neto-PDC
                          - João Cavalcanti de Morais-PSD
                          - Ilson Teixeira de Melo-PSD
                          - Francisco Medino da Silva-PSD
                          - Leopoldo Filgueira de Vasconcelos-PSD 
                          - João Camara Filho-PSD
                          - José Leoncio Pereira Pinto-PSD

                            Prof. e Poeta João Bosco
                     
         
         



O PESCADOR


                                         O PESCADOR
                                          IBANI COSTA


Soprava o vento as palhas de um coqueiro
Saudando alegre um barco que partia,
Levando um forte homem que queria,
Buscar no mar o pão p'ro lar inteiro.

Na concha azul a ave que voava,
Deixou cair um beijo com doçura,
Abençoando aquela criatura,
Buscando longe o pão que lhe faltava.

E em mágicos deslizes o bailado,
Da onda mansa carregava um bravo,
Que se tornou do mar fiel escravo,
Devido ao seu amor ao lar sagrado.

Uma criança frágil de seis anos,
Com a magra mão acenos lhe enviava,
E ao coração baixinho murmurava:
"Volte logo, papai, nós esperamos".

Nem do lugar mais alto de um monte
Se via mais o homem do barquinho,
Pois não passava de um banal pontinho,
Perdido no infinito do horizonte.

Passaram-se três dias de repente,
Um ponto vem crescento já de volta,
A vela do barquinho ao vento solta,
Tornou-se rubra como no poente.

A mãe e o filho a sorrir correram,
Para abraçar o homem que voltava,
Sem reparar que o mar triste chorava,
E o coqueiral dorido emudecera.

O frio vento que parou com as horas,
Sussurrou algo, e aquela que corria,
Caiu por terra, e o filho lhe dizia:
Por que choras mãezinha, por que choras?

Seu pai, meu filho, partiu num barquinho,
Já fez três dias eu o esperava,
Para ele todo dia eu rezava,
E o barco triste encostou sozinho.



Ibani Costa (1957-1977). Nasceu em Pedro Avelino-RN,
ganhou o festival popular de música em Belém do Pará
em 1974. Faleceu muito jovem tragicamente em Natal.

Eu e Eles- Relembrando Grandes Pessoas.

    Para que pessoas simples ordeiras e decentes que por aqui passaram e não ficassem no anonimato,  procuramos atravéz deste poema, fazer uma homenagem a tantos amigos que ajudaram a construir nosso Pedro Avelino.
    
 Procure pesquisar quem foi cada um!
        

                Eu e Eles

Eu sou machado e Pedro Cunha

Eu como carne e Manoel Toucinho

Eu sou de ferro e João de Barro

Eu sou a hélice e Manoel Leme

Eu sou biscoito e João Bolacha

Eu jogo pedra e João Bola

Eu sou garrote e Manoel Bezerra

Eu sou jardim e João Flor

Eu cobro feira e Chico Coleta

Eu sou da terra e Maria do Céu

Eu caço Peba e José Anta

Eu sou afluente e João Riacho

Eu sou da praia e Chico da Barra

Eu topo briga e João Batalha

Eu sou desconhecido e Manoel Charapinho

Eu sou galego e Chico Preto

Eu sou folião e José Pereira

Eu sou parente e Manoel Sobrinho

Eu sou divino e Maria Trindade

Eu sinto dor e Chico Caimbra

Eu sou betume e Chico Gasolina

Eu sou cenoura e o Velho Batata

Eu sou ferrolho e Zacarias Travessa

Eu sou clareira e Joaquim Campos

Eu sou capitão e Alexandre Tenente

Eu sinto tristeza e Chico Alegria

Eu sou Jurema e João Nogueira

Eu sou feliz e o Velho Asilado

Eu sou lobo e Chico Raposa

Eu sou limpo e João Rajado

Eu sou coelho e Joaquim Rato

Eu sou cinzento e Antônio Marinho

Eu sou índio e Caboclo Chico

Eu sou o ninho e Cobra Choca

Eu sou da praça e João da Mata

Eu sou linheiro e Lenga-Lenga

Eu sou cabrito e José Carneiro

Eu sou do Óleo e Chico D’água

Eu sou do escuro e Maria da Luz

Eu sou a foice e Chico Machado

Eu sou moinho e Manoel Palheta

Eu sou do pinto e Antonio do Galo

Eu sou água e MARIA Fogo

Eu sou a planta e Arnaldo Rosa

Eu sou espinho e Joca Roseira

Eu sou arara e Chico Priquito

Eu sou de amolar e Manoel de Lima

Eu sou mecânico e Luiz Ferreiro

Eu sou magro e Antonio Grosso

Eu sou galo e Cirilo Capão

Eu sou coelho e Chico Macaco

Eu sou peru e José Guiné

Eu sou avião e João passarinho

Eu sou de pai e José de Mãe

Eu sou tatu e Manoel Peba

Eu sou pescoço e José Cabeça

Eu sou José e Segundo Maria

Eu nada capo e Sebastião Capa-Galo

Eu sou cabrito e Manoel Bode

Eu sou piranha e Chico Potengi

Eu sou pagão e Chico Bento

Eu sou de Buda e João da Cruz

Eu sou elefante e Severino Leão

Eu sou barra e Júlio Pintado

Eu sou grande e José Pequeno

Eu sou pequeno e Maria Grande

Eu sou cumprido e Mário curto

Eu jogo foice e Luiz Cacete

Eu tenho alegria e Chico Chagas

Eu sou jandaira e José Saburá

Eu quero coco e Manoel Catolé

Eu sou criança e Pedro Velho

Eu sou granizo e Luciano das Neves

Eu caço peba e Severino Preá

Eu sou florido e Manoel Cachiado

Eu sou sabido e João besta

Eu sou xícara e Meira Pires

Eu sou de argila e Júlio da Rocha

Eu sou a planta e José Rosa

Eu sou dos mesquinhos e Manoel Franco

Eu sou acordado e João Cochila

Eu sou besouro e Manoel Mosquito

Eu sou pastor e Jose Padre
Eu sou charlatão e Manoel Doutor
Eu sou do Brasil e Chico Português
Eu sou duro e Chico Mole
Eu sou oiticica e João Gameleira
Eu sou do gingado e Manoel dos Passos
Eu sou Bosco e Pedro Avelino.


                                Prof. e Poeta João Bosco

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ESPAÇO DAS GRANDES FIGURAS

                      JOAQUIM INÁCIO DA CÂMARA

 
    Falar de um homem que durante sessenta anos comandou os destinos comercial e político do município de Pedro Avelino, não é tarefa fácil.
    Desde cedo, despertou para o comércio. Para se ter uma idéia do tino administrativo de Quinquim, criou uma sociedade com Pedro Alves Bezerra e Euclides Bezerra (Tenente). Este comércio financiava os agricultores e pequenos comerciantes do município.
 
    Uma das coisas mais bonitas de Epitácio Pessoa era uma noite de Natal na frente da mercearia de Joaquim Inácio: oito portas abertas, dez comerciários ocupados, um carrocel movido pelos potentes braços de Domingos Bala e Manoel Grande. Tudo iluminado pela luz dos bicos de carbureto.

    Pelo lado amoroso, foi noivo de Ana do Carmo Antas. Não casaram e ambos viveram solteiros por toda vida.
    Todas as ações políticas e sociais do município passaram pelas mãos de Joaquim Inácio. Vezes sem conta, o governador do Estado, José Varela, vinha de Natal para Macau, passava por Epitácio e ia direto para a bodega de Joaquim Inácio e ficava horas sentado no balcão, perna passada, tomando café, como uma pessoa simples.

    Era um homem de condição e de confiança. Quando o governador disse que no momento da emancipação política não tinha dinheiro para bancar as construções do novo município, Joaquim indagou:-'Doutor Varela, eu empresto o dinheiro'. O matadouro, o grupo rural, várias escolas isoladas, o quartel, a prefeitura, a força e luz, a divulgadora potiguar, a cooperativa, a casa paroquial,a balaustrada, a garagem da carroça do lixo. 

   Todos estes melhoramentos contaram com a presença deste grande homem. Adotou vários sobrinhos, educou a todos e os transformou em seus herdeiros. Joaquim Inácio ficará para sempre na qualidade do homem mais influente do seu tempo em nossa terra.



                               Prof. e poeta João Bosco

Vale a Pena Divulgar!

Vereador Agtônio Soares

   Lendo os Blogs dos amigos: Fernando Soares “A VERDADE” e de Gean Carlos “Digo e Provo”, fiquei feliz em vê o nome do Vereador, Agtônio Soares, enaltecido pelos colegas de outros municípios, no grande encontro regional da FECAM.  É dele esta frase iniciada por uma condicional: “ Se o vereador não vestir a camisa da fiscalização administrative, o seu municipio não passa do que é”.

  Este vereador tem sido uma voz altaneira em prol do seu município. Consciente da sua função e também conhecendo a origem da palavra vereador que vem do verbo verear, istó velar pelo sossego, e bem estar dos munícipes, não tem calado a sua voz diante da sua grande responsabilidade.

   Por essa razão tem sido um mandato digno de admiração de todos os pedroavelinenses que residem no município ou fora dele.

   Agtônio dignificaria qualquer parlamento, pela postura, conhecimento, dignidade e lealdade. Quisera eu ter sido seu colega de legislatura na minha época de vereador para juntos termos feito mais pelo município.



                                                           Prof. e Poeta João Bosco