Falar de um homem que durante sessenta anos comandou os destinos comercial e político do município de Pedro Avelino, não é tarefa fácil.
Desde cedo, despertou para o comércio. Para se ter uma idéia do tino administrativo de Quinquim, criou uma sociedade com Pedro Alves Bezerra e Euclides Bezerra (Tenente). Este comércio financiava os agricultores e pequenos comerciantes do município.
Uma das coisas mais bonitas de Epitácio Pessoa era uma noite de Natal na frente da mercearia de Joaquim Inácio: oito portas abertas, dez comerciários ocupados, um carrocel movido pelos potentes braços de Domingos Bala e Manoel Grande. Tudo iluminado pela luz dos bicos de carbureto.
Pelo lado amoroso, foi noivo de Ana do Carmo Antas. Não casaram e ambos viveram solteiros por toda vida.
Todas as ações políticas e sociais do município passaram pelas mãos de Joaquim Inácio. Vezes sem conta, o governador do Estado, José Varela, vinha de Natal para Macau, passava por Epitácio e ia direto para a bodega de Joaquim Inácio e ficava horas sentado no balcão, perna passada, tomando café, como uma pessoa simples.
Era um homem de condição e de confiança. Quando o governador disse que no momento da emancipação política não tinha dinheiro para bancar as construções do novo município, Joaquim indagou:-'Doutor Varela, eu empresto o dinheiro'. O matadouro, o grupo rural, várias escolas isoladas, o quartel, a prefeitura, a força e luz, a divulgadora potiguar, a cooperativa, a casa paroquial,a balaustrada, a garagem da carroça do lixo.
Todos estes melhoramentos contaram com a presença deste grande homem. Adotou vários sobrinhos, educou a todos e os transformou em seus herdeiros. Joaquim Inácio ficará para sempre na qualidade do homem mais influente do seu tempo em nossa terra.
Prof. e poeta João Bosco
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