quarta-feira, 10 de agosto de 2011

NOSSA HISTÓRIA


                                 SERROTE DOS CABOCLOS 



     É para nós motivo de admiração e alegria sabermos que aqui existe   um sítio arqueológico em nosso município. Sempre ouvimos falar deste cemitério, mas não tínhamos conhecimento do imenso valor histórico que ele tem. É calculado que o grupo coletor de caçadores era formado por poucas famílias, entre mil a quatro mil anos.
     Em 1970, o Departamento de Arqueologia do Museu Câmara Cascudo, UFRN, coordenado pelo professor Luís Dutra de Sousa Neto e a professora Ana Amélia de Brito Sabino, coletaram um riquíssimo material, cuja matéria prima era o sílex, seguida de quartzito e quartzo.
     A matéria coletada que pertenceu a estes grupos pré-históricos era pedras talhadas; lâminas de machado polidas, que ao total somam 558 peças, 60 artefatos; 165 lascas; 58 fragmentos de lascas; 222 fragmentos brutos; 12 núcleos; 25 blocos; 10 microlasacas; 3 seixos e 3 estilhas.
     Nesse serrote, por razões políticas, dos anos 30 e 40, foram enterradas pessoas, que se opunham à forma de governo que José Gouveia implantou no município. Coisa comum a quem detinha o poder. 
     O serrote tem também sua lenda. Creio que alguns se lembram de José Mestre Barreto, esse rapaz tinha 12 anos, quando um dia, no serrote, viu a virgem Maria que lhe entegou uma pedra e disse a ele que o segredo desta terra está nas rochas, (Zé dos Montes), O mesmo hoje tem um castelo em Sitio Novo, especialmente na Serra da Tapuia. 


     Acredito que o prefeito municipal articulando-se com a UFRN, pode recuperar parte deste rico material e transformar o nosso sítio num ponto de visitação e pesquisa.
   

    Essas peças estão no Museu Câmara Cascudo, ou no Centro Superior de Ensino de Caicó, RN. 



                                                 João Bosco ds silva, professor e poeta

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