seu artigo é uma peça,é um desabafo é um, apontar de caminho,é o grito dos corajosos.Quem ama cuida,Então o que querem os que tiveram tempo e não fizeram conta e agora,querem fazer conta e falta tempo,ainda pensando na volta.
Movimento pela reestruturação de Pedro Avelino
Este artigo é um desabafo. Não consigo mais ficar calado e omisso diante da degradação contínua do meu município que, infelizmente, encontra- se tão retrógrado. Temo que se não agirmos logo, talvez não possa mais ser recuperado, tendo em vista que as lideranças politicas que ali se encontram - e que pretendem continuar administrando o nosso querido município - farão com que este continue sem perspectiva de recuperação e, por conseguinte, de crescimento.
Comparando a Pedro Avelino atual com a de um passado próximo, chega-se facilmente à conclusão que nosso município só fez retroceder no tempo e no espaço. E posso dizer isso com propriedade, pois presenciei e participei efetivamente de uma sociedade pedro-avelinense em que imperara o orgulho de nossos administradores e de nossos patriarcas, que eram pessoas honestas e que contribuíam orgulhosamente para o crescimento de nossa cidade. Atualmente, temos a forte impressão de que as pessoas se utilizam da posição de poder em que se encontram apenas para usurpar o resto de dignidade e honradez dos cidadãos de Pedro Avelino.
Relembrando os tempos áureos de Pedro Avelino, principalmente para mostrar àqueles que não os conheceram, relacionarei a seguir marcos importantes conquistados pelos próprios cidadãos do município e que, por razões pífias e incapacidade administrativa, foram perdidos.
Na área sociocultural tínhamos: o Country Club, a AUPA – Associação dos Universitários de Pedro Avelino -, o Museu Capitão Antas, Clube de Mães, Centro Paroquial, Grupo de Jovens, Bumba meu boi, diversos Sindicatos, Associações e Blocos carnavalescos, a Festa do Padroeiro – com quermesse, pastoril e leilões -, Biblioteca, Parques de Vaquejada (sim, no plural), quadras e dois campos de Futebol, o do meu querido Vasco e o do eterno rival Flamengo, este com sede própria onde também era utilizada para festas e reuniões.
Relacionado à de saúde podemos citar: a Maternidade Aluízio Alves, o Hospital José Varela, o Posto de Saúde do Açude, consultório odontológico do sindicato dos agricultores, como também médicos e dentistas residentes no próprio município.
Já quanto ao setor econômico tínhamos: a Cooperativa Agrícola, duas usinas de beneficiamento de algodão, estação ferroviária, posto de combustível, matadouro público, o Mercado Público, comércio diversificado, feira livre, cultivadores de hortifrútis, olarias e hotéis para visitantes.
Em contrapartida, a Pedro Avelino de hoje vive na dependência do Poder Público, das pensões e aposentadorias. O comércio é arcaico, somente com mercearias ultrapassadas - que perduram desde o meu tempo de criança -, e sem qualquer sinal de renovação empresarial ou empreendedorismo. Temos um município sem condições de receber visitantes, já que não há lugar onde dormir, se alimentar, nem o que visitar senão os parentes que ali residem, que, aliás, considero “heróis da resistência”, por insistirem em viver numa terra inóspita e sem perspectiva.
Vale também mencionar que ainda ocorrem pequenas e ocasionais festas, mas sem o envolvimento popular ou a regularidade e tradição de antigamente, sendo apenas a aplicação da política do “pão e circo”.
Diante deste desolador cenário, não é difícil imaginar o porquê do crescimento assustador de furtos, roubos e comércio e uso de drogas ilícitas pelas ruas da cidade, além da falta de interesse dos jovens em seguir uma carreira profissional digna e independente.
Como se vê, o município não tem mais nada a perder, a não ser a sua capacidade de reestruturação. Por isso, conclamo a todos os que amam a nossa querida Pedro Avelino a contribuir com seus conhecimentos e arregaçar as mangas para recuperarmos a dignidade da cidade e mudar a maneira de pensar daqueles que ali residem, para que, assim, possamos voltar a visita-la e falar - com o orgulho que sempre tivemos de pronunciar - que somos “filhos de PA”. Eu amo PA e quem ama CUIDA.
Lucilo Raniere Câmara
Nascido em Pedro Avelino
Este artigo é um desabafo. Não consigo mais ficar calado e omisso diante da degradação contínua do meu município que, infelizmente, encontra- se tão retrógrado. Temo que se não agirmos logo, talvez não possa mais ser recuperado, tendo em vista que as lideranças politicas que ali se encontram - e que pretendem continuar administrando o nosso querido município - farão com que este continue sem perspectiva de recuperação e, por conseguinte, de crescimento.
Comparando a Pedro Avelino atual com a de um passado próximo, chega-se facilmente à conclusão que nosso município só fez retroceder no tempo e no espaço. E posso dizer isso com propriedade, pois presenciei e participei efetivamente de uma sociedade pedro-avelinense em que imperara o orgulho de nossos administradores e de nossos patriarcas, que eram pessoas honestas e que contribuíam orgulhosamente para o crescimento de nossa cidade. Atualmente, temos a forte impressão de que as pessoas se utilizam da posição de poder em que se encontram apenas para usurpar o resto de dignidade e honradez dos cidadãos de Pedro Avelino.
Relembrando os tempos áureos de Pedro Avelino, principalmente para mostrar àqueles que não os conheceram, relacionarei a seguir marcos importantes conquistados pelos próprios cidadãos do município e que, por razões pífias e incapacidade administrativa, foram perdidos.
Na área sociocultural tínhamos: o Country Club, a AUPA – Associação dos Universitários de Pedro Avelino -, o Museu Capitão Antas, Clube de Mães, Centro Paroquial, Grupo de Jovens, Bumba meu boi, diversos Sindicatos, Associações e Blocos carnavalescos, a Festa do Padroeiro – com quermesse, pastoril e leilões -, Biblioteca, Parques de Vaquejada (sim, no plural), quadras e dois campos de Futebol, o do meu querido Vasco e o do eterno rival Flamengo, este com sede própria onde também era utilizada para festas e reuniões.
Relacionado à de saúde podemos citar: a Maternidade Aluízio Alves, o Hospital José Varela, o Posto de Saúde do Açude, consultório odontológico do sindicato dos agricultores, como também médicos e dentistas residentes no próprio município.
Já quanto ao setor econômico tínhamos: a Cooperativa Agrícola, duas usinas de beneficiamento de algodão, estação ferroviária, posto de combustível, matadouro público, o Mercado Público, comércio diversificado, feira livre, cultivadores de hortifrútis, olarias e hotéis para visitantes.
Em contrapartida, a Pedro Avelino de hoje vive na dependência do Poder Público, das pensões e aposentadorias. O comércio é arcaico, somente com mercearias ultrapassadas - que perduram desde o meu tempo de criança -, e sem qualquer sinal de renovação empresarial ou empreendedorismo. Temos um município sem condições de receber visitantes, já que não há lugar onde dormir, se alimentar, nem o que visitar senão os parentes que ali residem, que, aliás, considero “heróis da resistência”, por insistirem em viver numa terra inóspita e sem perspectiva.
Vale também mencionar que ainda ocorrem pequenas e ocasionais festas, mas sem o envolvimento popular ou a regularidade e tradição de antigamente, sendo apenas a aplicação da política do “pão e circo”.
Diante deste desolador cenário, não é difícil imaginar o porquê do crescimento assustador de furtos, roubos e comércio e uso de drogas ilícitas pelas ruas da cidade, além da falta de interesse dos jovens em seguir uma carreira profissional digna e independente.
Como se vê, o município não tem mais nada a perder, a não ser a sua capacidade de reestruturação. Por isso, conclamo a todos os que amam a nossa querida Pedro Avelino a contribuir com seus conhecimentos e arregaçar as mangas para recuperarmos a dignidade da cidade e mudar a maneira de pensar daqueles que ali residem, para que, assim, possamos voltar a visita-la e falar - com o orgulho que sempre tivemos de pronunciar - que somos “filhos de PA”. Eu amo PA e quem ama CUIDA.
Lucilo Raniere Câmara
Nascido em Pedro Avelino
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