segunda-feira, 21 de novembro de 2011

As proezas de Francisco Mariano


            Francisco foi um menino criado entre nós e morava na rua que liga a cidade ao açude, hoje bairro de São Francisco. Era muito brincalhão, forte e não era muito afeito aos estudos. Às vezes quando a luz dava sinal às 22:30 min., terminava uma brincadeira denominada capitão de tropa, cuja mancha era em frente à casa de Fuiba e Zé de Franco, saiam: Pedro de Elvira , Titico Baia, Baltazar, João e Chico, Elviro e   Nelson em  busca de suas casas, mas já pedindo a Deus que o dia amanhecesse para recomeçarem novas aventuras.
            O tempo passou e em 1966, pela primeira vez após uma longa temporada, o município passou a configurar   entre  aqueles que seus jovens podiam servir à Pátria. Lembro-me dos soldados daquele ano: Rômulo, Ariberton, Eu, Zé Wilson, Milton, João de Júlio, Francisco Mariano, Chico do Ferreiro, Valdemiro Simplicio e outros que me fogem o nome.    
            Foi lá que Chico de Trindade ou Chico Sapo, tornou-se conhecido. Um dia fez umas transgressões e foi preso no corpo da guarda do 16º R/I. Não se sabe como quebrou a corrente com uma porrada nas grades com o próprio ombro. Com essa façanha ficou famoso, bravo, temido, respeitado e daí pra frente juntou-se a um colega de nome Mossoró, e no dia que estavam de folga iam para a lagoa de Manoel Felipe desafiar os soldados de polícia. Muitas vezes chegou escoltado pela PE, até torna-se freguês da quarta par te.
            Logo que terminou o período militar, voltou para sua terra natal, e tornou-se motorista. Mas aprendeu a beber demasiado o que o levou a desaparecer precocemente.
            Era conhecido pela maneira como abordava Dr. Geraldo Bezerra, Secretário Estadual da Agricultura, o chamando de meu primo, que por sinal sempre ouvido por aquela autoridade e pelo conselho que deu a Chico Câmara, que levasse um caminhão carregado de açúcar para fazer adoçar a cacimba da fazenda Poço Doce, que era tão salgada que nem passarinho bebia, o que lhe custou correr muito senão seu Chico tinha o quebrado de trave.

“Chico pertence aos nossos bons amigos de infância, ETA! Vida Breve!”

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