segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Árvores do Nosso Sertão

Xique-xique

Imagem: Arquivo/TG
Nome Científico: Pilosocereus gounellei
Família: Cactaceae
Características Morfológicas: Este cacto possui tronco ereto, com galhos laterais afastados, descrevendo uma curva em direção ao Sol. Os ramos, que podem atingir a altura de 4 metros, têm fortes espinhos e flores na cor branca. Seus frutos são comestíveis, saborosos e ricos em sais minerais, que podem ser consumidos in natura.
Origem: Nordeste do Brasil.
Ocorrência Natural: Basicamente no Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. Mas também aparece no Piauí, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe (em áreas de caatinga).
Esta cactácea se desenvolve nas áreas mais secas do semi-árido nordestino. Normalmente cresce em solos rasos, sobre as fendas das rochas e também cobre extensas áreas da caatinga.

Durante a seca mais intensa, é praticamente a última (e única) alternativa na alimentação dos animais nas propriedades rurais (quando as reservas de mandacaru, macambira e coroa-de-frade não existem mais).

A técnica para a eliminação dos espinhos é simples: a planta é cortada pelos agropecuaristas e queimada. Quando não, isso é feito diretamente no pé, no próprio campo. Nem precisa dizer, mas esta prática tem causado sérios damos ao bioma caatinga e à própria xique-xique, que torna-se ameaçada de extinção em função disso, já que esta planta se multiplica por sementes (é visitada à noite por vários insetos, que a polinizam e apreciam a grande quantidade de néctar que ela produz) ou pelo enraizamento de suas hastes.

Dizem que a cidade de Xique-xique, na Bahia, recebeu este nome em função deste cacto (tão popular naquela região quanto o mandacaru). 

                                                 Prof e Poeta João Bosco

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