segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NOSSA TERRA, NOSSA GENTE

                           NOSSA TERRA, NOSSA GENTE

 
   Toda tarde, sempre à nortada rígida soprando, via-se, em cada casa, o caco de torrar café. Fumaçando e cheirando muito, era o sinal de, logo mais, ouvir-se a pancada do pilão, e em seguida, a família reunida, tomava o primeiro café, chamado popularmente de donzelo.


     Existiam, muitas mulheres rendeiras (chamado BICO) que com uma almofada de capim faziam verdadeiras obras de arte. Os bilros era separados por espinhos de Xique-Xique, durante o feitio das peças. Existe uma pesquisa japonesa, que comprova a habilidade das rendeiras serem  as mesmas dos profissionais que trabalham em pequenas peças de computadores na linha de montagem.


     Quem não se lembra de Elvira Loiceira, sangue seridoense, ceramista inconfundível, fabricando, potes de coar café, potes, jarras, quartinhas, arguidás, panelas e  gamelas. 


     Rosa de Raposa, imitando o mestre Vitalino, fazendo bonecos de barro, vaqueiros, sanfoneiros, gente da roça, animais, cabras, bois e vacas.            
         

     Apareciam, de quando em vez, uns retirantes , que se abrigavam na caraíba do rio, que faziam um boneco denominado João Teimoso, e carros com cataventos, de pinhão branco.


      No dia de sábado, na feira, o ancião, Antônio dos Santos de Santa Rita, vendia pão de sodoro, (crueira) Xique-Xique e também o sodoro assado.


      Manoel Palheta (Paieta), animador e palhaço de pastoril, e introduziu entre nós a famosa geléia de côco (gelé de côco).

           
                                      Prof. e Poeta João Bosco da Silva
              
                                                   Natal, 22-08-2011

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