Uma Tradição dos Sertões dos Angicos

            Vendo no Blog  Digo e Provo, do nosso amigo Gean,  a missa campal, celebrada no dia 19-03-2012, em Angicos. Volto no tempo e vejo o Pe. Luiz Teixeira da Fonseca em 1830, celebrando a missa do dia 19/3, em homenagem oo Sr. São José, seguida da cerimônia de inúmeros casamentos das Vilas de: São Romão, Jardim de Cardoso, Carapebas, e Gaspar Lopes.

            Os romeiros saiam em lombo de cavalos, um dia antes, e enchiam de vida a cidade de Angicos.

       Na ocasião da festa, o povo tomou conhecimento da maioridade de D. Pedro II, da abdicação de D. Pedro I, das regências, das revoluções regionais. Foi lá que os voluntários da pátria, tomaram conhecimento da importância de defender o Brasil da tirania paraguaia, onde merece destaque o Ten. José Avelino. Nos idos de 1880, nesse grande encontro regional, o povo tomou conhecimento das ideias abolicionistas, e consequentemente republicanas,onde merece destaque o alferes,Juvencio Tassino  Xavier de Menezes que foi o secretario da ata que mudou a Provincia do rn em Estado,ao lado do Dr.Pedro Velho.

          Já na primeira metade do século XX, começaram a despontar os expoentes políticos saídos dos sertões dos Angicos: Alzira Soriano em Jardim de Angicos e Lages, Arlindo Rocha em Afonso Bezerra e Luiz Felipe em Epitácio Pessoa, o capitão Jose da Penha, o político vibrante, que combateu a ditadura dos Maranhões, o Senador e interventor Geogino Avelino que era filho do jornalista Pedro Celestino da costa Avelino e o maior de todos o Deputado Federal, Governador e por duas vezes Ministro de Estado Aloisio Alves.

            Certamente desses encontros da festa de São José nasceu a ideia da emancipação daqueles Distritos que hoje formam os municípios de: Fernando Pedroza, Jardim de Angicos, Afonso Bezerra e Pedro Avelino.           

Poeta e Professor João Bosco.