quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012



TESTEMUNHA DO PASSADO

AO AMIGO NILSINHO

Marcos Calaça, jornalista (UFRN)



Nossa amizade começou no início do ano de 1972, quando a minha família foi morar na casa de Joaquim Amázio, vizinho a João Elói. A minha amizade mais próxima era com Neguinho; Márcia com Nirinha e Regina com Nito. Todos nós estudávamos no Ginásio Paulo VI, à noite. O galego Nilsinho tinha seus oito anos. Foi crescendo e a nossa amizade também.Tudo passa, só não passa a nossa amizade, agora saudade. Mas se não dermos valor às pessoas que passam pelo nosso caminho, jamais seremos felizes. Deus nunca disse que a vida seria fácil, acredite que tudo acontece por uma razão. Temos que valorizar aqueles que nos amam. Amizade sincera.
Alguns amigos passam na nossa vida, outros chegam e permanecem ao nosso redor durante a nossa existência. Nossa amizade sempre foi cultivada e cresceu de forma sublime.
Ter um amigo em quem confiar é segregar. É expressar tristezas e alegrias. E você foi um deles. É saber ouvir, é escutar, é aconselhar sem magoar, é chorar, é rir, pois te considero um amigo, um irmão, um irmão camarada. Desejo também que Deus te ilumine e que, com certeza, você está em um bom lugar.
Reflita o que diz Clarice Lispector: "A felicidade aparece para aquelas pessoas que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas". Irmão camarada. Amizade sincera. Você passou pela minha vida e também das minhas irmãs.
Você foi um dos poucos amigos que esteve presente nas fases da minha vida: infância, adolescência e a adulta.
Aos amigos que ultimamente estavam distantes e ausentes, uma frase de Leonardo da Vinci: "Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro."
Amigo Nilsinho, você foi uma unanimidade de amizade em Pedro Avelino. Todos te adoravam. Era alegria na terra e agora no céu.
Benditos os que sofrem por amigos (Machado de Assis).


Escrito por MARCOS CALAÇA

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