Àrvores do Nosso Sertão

                                           

                                               CATANDUVA (Piptadenia moniliformis)

    1 - NOMECLATURA
Nome cientifico: Piptadenia moniliformis Benth.

Família: Fabaceae-Mimosoideae

Nomes Populares: catanduva, angico-de-bezerro, angico-surucucu, catanduba, rama-de-bezerro, estralador, muquêm, quipembé e pau branco (Costa et al. 2002; Maia 2004). 

2 - OCORRÊNCIA

          Ocorre no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. 

3 - DESCRIÇÃO

         Árvore de 4-9 metros de altura, decídua na estação seca, apresentando caule geralmente tortuoso, com diâmetro entre 20-30cm, com casca fina e com pouca rugosidade, de cor esbranquiçada. Folhas pilosas, coreáceas, compostas, bipinadas com 2-4 pares de pinas e 9-13 pares de folíolos de 0,5-2cm de comprimento. Flores têm cor branco-esverdeada quando novas, ficando amarelas ou quase marrons quando velhas, com inflorescências dispostas em espigas, cilíndricas, solitárias ou geminadas, terminais ou axilares, de 5-9cm de comprimento. 

          Fruto do tipo vagem, medindo cerca de 13cm de comprimento. As sementes são brancas, ovais e comprimidas. A reprodução é sexuada e assexuada por meio de estacas e rebrota de tocos. Um quilo de sementes contém cerca de 26.000 unidades. A madeira é pesada (densidade 0,84g/cm3), de textura média, grã reversa, de média resistência mecânica e grande durabilidade (Costa et al. 2002; Maia 2004).

4 - USO

         Apresenta madeira de boa qualidade, podendo ser empregada para a construção civil, marcenaria, cabos de ferramentas e para lenha e carvão. Tem ainda importância para a manutenção da biodiversidade e funcionamento do ecossistema, é doadora de pólen e néctar, apresenta valor forrageiro para bovinos, ovinos e caprinos. Sua casca é utilizada para obtenção de tanino. Tem sido indicada como uma espécie pioneira no processo de sucessão em áreas que sofrem degradação por ação antrópica, e usada também para a recuperação de solos (Costa et al. 2002; Maia 2004).

         A produção de mudas deve ser feita com sementes recém colhidas dispostas em canteiros a pleno sol, contendo substrato arenoso para facilitar a remoção no momento do transplantio. A germinação ocorre entre 2-3 semanas, apresenta baixa percentual de germinação. Para melhorar a germinação é recomendado fazer escarificação mecânica. O desenvolvimento das plantas jovens em campo é considerado rápido, alcançando 2m de altura num período de 2 anos (Maia 2004). Apesar da importância da espécie para o meio rural, o mercado de exploração não é organizado e ou institucionalizado. 

 

                                                         Prof. e Poeta João Bosco